
Era um dia normal para uma mulher, mãe e empreendedora, até chegar perto do horário de uma meditação em grupo que eu queria muito participar.
A louça do jantar já estava na pia e o restante estava encaminhado para, finalmente, ter um pouco de descanso.
Coincidência ou não, percebi que muitas vezes quando eu tenho um compromisso as coisas começam a atrasar aqui em casa… Já aconteceu aí?
Então, “a coisa” parecia não deslanchar para eu ter o “meu momento”.
O horário da meditação foi chegando e aí eu não me contive… Falei bem alto: “tenho uma meditação, quero muito participar e estou indo. Se virem aí”.
Pronto, falei.
Claro que aqui em casa todos sabem muito bem o que fazer, quando e como. Claro também que muitas vezes, se não levantarmos a voz, tudo fica “emperrado”. Mas naquele momento eu me questionei: quem disse que eu não poderia simplesmente ir para a meditação?
Eu estava esperando que cada um aqui concluísse as suas tarefas para eu “finalmente” ter o meu momento? Quais motivos me levam a sentir que há uma “conspiração” quando tenho uma atividade “só minha”, que não inclui os outros membros da família?
Quem disse que tenho que esperar? Quem falou que eu sou a última na “fila do pão”?
A ideia aqui não é chegarmos a uma conclusão, mas refletir: em quais momentos eu fico esperando a minha vez chegar e em quais momentos eu crio o meu próprio espaço.
Por aqui eu já tenho anotado na minha agenda: o “meu momento”.
Eu quero ser tudo que sou capaz de me tornar. Katherine Mansfield
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